Até hoje ser humano algum entendeu as escrituras sagradas, e isso porque ela foi escrita cem por cento de metáforas e os seres humanos a entendem cem por cento literal. Todos os personagens bíblicos representam o Espírito, a carne ou a consciência, tudo que se refere às escrituras sagradas estão em cima desses três personagens, o Espírito, a carne e a consciência, e estes três personagens já estão dentro de cada um de nós, o Espírito pela vida, a carne como criação e a consciência como o produto desta criação. Todos os enredos e histórias bíblicas se desenvolvem em cima destes três personagens. Vamos colocar assim, Moisés representa a carne como servo fiel de Deus, Jesus representa o Espírito como filho legítimo da vontade de Deus e Rebeca representa a consciência perfeita que virou as costas para este mundo para se casar com o filho da promessa. O primeiro homicida que temos nas escrituras sagradas, foi Caim, carne, matando Abel, Espírito, dentro da consciência, e isso acontece até hoje dentro de todas as consciências sem exceção. O primeiro homem Adão, carne, foi feito em alma vivente, o segundo homem Adão, foi feito em Espírito vivificante. Primeiro homem Jesus, carne, também foi feito em alma vivente, o segundo homem Jesus, Cristo, foi feito em Espírito vivificante, e isto acontece com todos os seres humanos que vem ao mundo, primeiro a carne, segundo o Espírito e por último a consciência que o ser humano produz. Se nós não isolarmos a consciência da carne e do Espírito como o produto da criação humana nunca entenderemos de fato o propósito da vida. Este mundo serve de palco para a realização do propósito de Deus, que seria a consciência se desligar da carne que a produziu e se ligar no Espírito pela vida eterna dela lá no plano do céu.
O ser humano não foi criado para se enriquecer nesse mundo, mas sim para realizar o propósito do Criador Deus. Paulo disse assim a este respeito: não trouxemos nada a este mundo, e certo é que não levaremos nada dele. Então, se tivermos o que comer e o que beber estejamos contentes com isto, e foi neste ponto que entrou a avareza no coração do Homem, as consciências se esqueceram da vida eterna do Espírito e começaram uma corrida desenfreada atrás do dinheiro que compra tudo que elas querem na carne. Consciência nenhuma se importa com a vida eterna do Espírito, mas tudo que elas querem é o dinheiro, que se tornou o senhor das consciências humanas. Deus não trabalha com números que é uma invenção do ser humano, o meia, meia, meia do apocalipse representa uma dízima periódica que não tem fim, e no texto diz: quem tem sabedoria sabe calcular o número da besta que é meia, meia, meia, isso significa o suficiente para sobrevivermos neste mundo e sobrar tempo para realizarmos o propósito de Deus, mas quem não tem sabedoria passa a vida inteira ajuntando dinheiro para o nada e o propósito de Deus fica no esquecimento, como Jesus disse: de que vale ao Homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma, que seria a sua consciência? E o mesmo Jesus disse: onde está o seu tesouro, aí também estará o seu coração. E mais ainda: quão difícil é um rico entrar no reino de Deus, e até fez uma comparação dizendo: é mais fácil um camelo passar no fundo de uma agulha do que um rico entrar no céu. Eu poderia usar de vários meios matemáticos para chegar neste resultado, meia, meia, meia, como muitos fazem para impressionar, mas o verdadeiro significado do meia, meia, meia do apocalipse é uma dízima periódica que trata da avareza humana, e a avareza é tão forte no coração humano que Jesus o comparou a Deus dizendo: ninguém pode servir a dois senhores, pois ou há de servir um e desprezar o outro ou de amar um e aborrecer o outro. E acrescenta: ninguém pode servir a Deus e as riquezas, ou a consciência passa o tempo buscando riquezas neste mundo, ou ela passa o tempo realizando o propósito de Deus, os dois é impossível, pois cada caminho está para um lado, ou a consciência cuida da vida eterna dela hoje, ou vai passar, como dito, juntando riquezas para o nada, não vai saber calcular o número da besta, que é o suficiente para sobreviver neste mundo, ou vai passar o tempo no meia, meia, meia, meia, meia até a morte, e por fim jogar a consciência que produziu no vazio eterno sem volta e sem perdão. Mais uma vez eu digo, saber calcular o número da besta é ter apenas o suficiente para sobreviver neste mundo, e dedicar o resto do tempo ao propósito de Deus.
Por O teu espírito diz