A linguagem que Deus usa para falar conosco é a linguagem do entendimento, a água é a palavra que nos lava e nos purifica, se pararmos para pensar em tudo que Deus criou vemos a sua linguagem em todas elas. A palavra de Deus nos traz afago, mas ao mesmo tempo nos revira do avesso e mexe com tudo que existe dentro da nossa consciência para mostrar de fato os vestígios da carne que há em nós, de vez em quando a água vem forte para lavar as coisas mais profundas para de fato ficarmos puras, do jeito que o nosso Criador desejou, por isso não podemos desanimar, mas sempre estarmos prontos para a batalha interna e temos que trabalhar este fruto, deixá-lo suculento, não para benefício próprio, pois ele não nos pertence. Está escrito: trabalhai não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, o qual o filho do Homem vos dará, neste trecho, Deus está se referindo a consciência que produzimos, pois nós servimos ou deveríamos servir ao nosso Criador, pelo que produzimos, mas nem Deus sabe o que aconteceu com a sua criação, como mostra a sua indignação para com as consciências dizendo: o que mais Eu poderia ter feito pela minha vinha, se Eu plantei uva boa e só deu uva brava? Nem Deus sabe o porquê as consciências viraram as costas a sua própria razão de existir, desprezando o único Deus e poderoso que existe, ninguém sabe explicar o porquê as próprias consciências se lançam no vazio eterno por livre e espontânea vontade, penso eu que se cada um buscasse se banhar da palavra verdadeira que desce do céu, não haveria nenhuma alma sedenta e todas estariam em paz consigo mesma, por estarem sendo guiadas pelo espírito que Deus nos assentou, mas o que vemos são as consciências vivendo os tormentos que as ilusões desse mundo causa dentro de cada uma e cada vez mais as consciências se atolam, se manchando mais e não há o que fazer por estas, a não ser continuar anunciando, quem sabe alguma alma pura se apresente para ouvir a voz do Senhor?
Voz dos anjos
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O som das águas