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A minha vinha

Cavalgando sobre as alturas da terra, eu comi as novidades do campo, os frutos das delícias de meu Pai, a lavoura que seu servo plantou e cuidou, e não faltaram as chuvas do céu e nem o calor de uma terra fértil. Frutos dignos de arrependimento, fertilizados pela fé de uma vida consciente pura, frutos belos, perfeitos para o consumo celestial, Deus se agradou da lavoura que plantei. Vim a este mundo como todos, cresci, produzi a minha consciência e vi que ela é um campo fértil, aberto e que a semente do céu já estava em minhas mãos para plantar. Cultivei a terra e plantei, vi crescendo esta árvore, despontando os frutos e amadurecendo. Hoje já estou colhendo os frutos da lavoura que plantei, a paz, a compreensão, o amor próprio, a mansidão, a bondade, a benignidade, a mansidão, a temperança e frutos semelhantes a estes, todos os dias eu colho frutos da lavoura que plantei com meu servo, nós trabalhamos em conjunto, e o meu Pai não deixa nos faltar nada lá do céu para a nossa plantação crescer robusta. Muita gente já comeu os frutos da minha plantação, gostaram, mas foram embora, alguns irmãos ainda comem, mas eu os induzo a plantarem também em seus campos, prepararem suas terras, limpando-as das pedras, do mato, arando, fertilizando-as para também plantarem, mas eles são negligentes, descuidados, iludidos com as coisas deste mundo, deixam as suas terras sem plantar para vir comer da minha lavoura.

Não vejo nenhum fruto digno para o consumo em suas lavouras, como o profeta disse: porventura esterroa todos os dias o lavrador para semear? Não é assim: quando já tem gradado a sua superfície, então, espalha nela a sua semente. O seu Deus o ensina e o instrui acerca do que há de fazer, mas os servos foram atrás de sementes adulterinas e plantaram nos campos que pertenciam ao meu Pai, e olha só o que eles estão colhendo? Desamor, angústias, depressão, ansiedade, tormentos, vaidades, ciúmes, lascívia, etc. E agora como tirar todos estes males de seus campos e plantar o bem? Dificultaram em muito o trabalho que estava fácil, as árvores do engano já se enraizaram muito, por isso alguns deles vem comer na minha lavoura, pois se sentem bem em ouvir as minhas palavras, tem sede de beber da água que sai da minha boca, pois cavaram para si cisternas rotas. Eu vejo a vida que eles levam, sem o sal da terra, sem o azeite, sem as primícias das lavouras, só vejo mato em seus campos, ervas daninhas, campos descuidados. Eu quero ajudá-los com suas lavouras, mas eles mesmos são descuidados, desinteressados, são ligados nas coisas deste mundo, em família, bens materiais, sentimentos possessivos, como o ciúme, e, enquanto eles estiverem ligados a matéria, o espírito de Deus não estabelece em suas consciências. E como tirar uma estrutura material de dentro de uma consciência se ela mesma não faz nenhum esforço para sair disso?

Por O teu espírito diz