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A prosa e meus pensamentos

As estrelas encaram o solo, se unificam ao oceano e lumiam meus olhos, na beira da estrada notei, era vida e liberdade, as asas que me abraçaram. Proseou com meus pensamentos, segurou suas mãos e levou-me com o vento, como Ezequiel pego pelos cabelos, mas ao invés de mostrar externo trouxe-me para dentro. O precipício abrigava o fim, o caminho eram escolhas, soar do coração era voz, e suas mãos a manhã, os rastros de ontem traçam o porvir, ao abrir meus olhos entendi sua profecia, o esboço cantarola os traços acabados, até onde irá alcançar sua linha? Entendi que sou minúscula, mas meu ventre maiúsculo, entendi que não sou reflexo, mas espelho, mesmo sem algo à minha frente terei-me pela eternidade, e quem dita meu fim são minhas próprias decisões. Voei em campo aberto, posso ser maior do que penso, atmosfera é meu limite, mas ainda não é meu fim.

Florescerei como o campo na primavera, e farei com que minhas pétalas sejam eternas, cansei de ver rosa em relicário, carrega tantos espinhos, prefiro ser girassol, que dança com a luz e rodopia com o sol, prefiro ser cor eterna do que sangue em agulha afiada, todos preferem aquilo que traz sorrisos, mas qual luta carrega meu coração para escrever tal destino? Prosear com a vida é muito além de apenas ver seus erros, é preciso corrigi-los, do que adianta saber meus tropeços se não andar em linha reta? Metamorfosearei e serei o renovo, sentarei no trono do rei, transbordando paz, transformando-me em algo novo. Dentro deste pensamento proseei com meu Eu, e finalmente encontrei a resposta que não encontrava no breu.

Por Luiza Campos