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Abaixo do pó

Sem estado, no anonimato, a ação trouxe o espelho para que pudesse espelhar sua sabedoria, porquê de fato o verbo se protagonizava, trazendo seu ser à tona, mesmo que aos olhos tolos não pudessem ser visto. Porque é de se indignar ver tamanha complexidade e ainda há de ter alguém que desconfia ou até mesmo desacredita de tamanha grandiosidade. Independente de qualquer coisa, de alguma forma nos encontramos aqui, dentro deste globo fundamentado no espaço, sem base visível, mas nas mãos de quem a tudo criou. E eis que a criação selada por Ele produz algo de tamanha importância, que é a consciência.

Estranhamente a consciência dá valor ou desvaloriza o que quer, e por este poder imensurável ela se ensoberbeceu dando valor ao que é fugaz e desvalorizando o que é eterno, não por inocência, mas por se julgar superior a quem criou o ser humano o qual produz a consciência. Entrelaçada ao que é passageiro, desvencilhou-se inconscientemente do que é eterno, sendo que, uma hora o pó volta ao pó e seu estado será permanente um campo vazio, sem cor, sem fala, em dor, em falta. O efêmero que finaliza debaixo da terra e a consciência abaixo do pó, vazia e nua. O que era para ser heroico passou a ser vilão, o que era para ser histórico, fez perder-se mais um coração.

Por Patrícia Campos