A luz se acendeu
Consciência desabrochou
Estado ainda sonolento
Mas a vida lhe acordou
Deparou-se com o infinito
O dividiu em duas eternidades
Refletiu-se em seu imo
Almejou a liberdade
Mas era preciso gana
Força e determinação
Tornar-se pura como criança
Enfrentar a aflição
Quebrar a haste do sentimento
Que aprisionava o coração
Amamentar-se do puro entendimento
Alcançando a libertação
Mas a barreira da ignorância
Corrompeu o principal sentido
Soberba e arrogância
Desvirtuaram o justo destino
A flor não vingou
O espelho escureceu
A ampulheta acabou
A areia feneceu
Gravada ficou a imagem
Ouviu-se o uivo do vento
Cessou toda bagagem
Fim da linha, canção de lamento
Choro sem lágrimas
Alma parou no tempo
Desfolharam-se as páginas
Clamor do silêncio
Por Michele Mi