Uma corrida, que a olho nu, parecia invisível, mas lá estava eu entre milhões, mesmo inconsciente parecia que sabia onde queria chegar, e não é que cheguei!? Vi-me diante a fronteira óvulo, mas como bom guerreiro que sou, enfrentei-a, até atravessá-la, primeira barreira vencida, continuo seguindo com a vida, e foi aí que a guerra começou. Foi acionado as divisões para dar início as multiplicações e assim as células foram se agrupando para um só intuito, que é a formação e crescimento de um corpo, um ser, para atravessar a segunda fronteira e sobreviver. Corpo formado, nasce mais um filho amado, a vida sentida no peito, inconsciente sujeito, porém, a sequência e o sentido seria um fruto produzido, pelo pé ser humano, esse seria o plano, atravessar uma nova barreira, uma alma aventureira, desbravando e esquadrinhando seu coração para que venha a transformação. Isso é necessário acontecer, envolve a ação de um profundo querer, é ultrarradical, processo sem igual, a metamorfose é coerente, e dela, hoje, sou consciente.
Porém, houve um processo para que eu fosse produzida, no início era somente o espírito que vivificava a árvore que daria sentido à vida, e dela brotaria o fruto desejado, a consciência que se, simetria tornar-se com o espírito, nova metamorfose em bom siso se iniciaria, dando forma a um novo corpo, o corpo do espírito, e isto tornou meu intuito, pois se eu não me fizer uma com ele, nada serei por toda eternidade, por isto vi que o necessário é fechar-me, e evitar o lado de fora, dissolver tudo de ruim, e deixar o processo do novo ser celeste agir, até que abram suas asas, assim como as borboletas que saem de seus casulos e vão sentindo o que precisam fazer para saírem voando por aí. Novo corpo, perfeito e agradável, na estatura completa de Cristo, onde haverá um novo nascimento, o qual atravessará a última fronteira, deixaremos a morte para trás e adentraremos a nossa eternidade com a vida, onde a guerra será vencida e a bandeira da paz será fincada em nossos corações eternamente.
Somando nossas luzes
Por Patrícia Campos e Lauro Balbino