Escolhas

Embriagou-se de estupidez, nos rastros excêntricos do tempo, com as estranhas lembranças da invalidez, que tomara para si no momento que deixou-o ir, poderia voltar para seus braços? Nas vielas de sua vida conheceu suas incertezas, o que era e quem queria, um imaginário aflorado, mas muito curto, raso, e quando percebeu nada mais lhe […]

Olhar infinito

Quedas imperceptíveis, mas visíveis, o infinito que lhe cabe pode ser incrível, porém condena coração volúvel. Onde se encontra teu olhar? Assoalho por pouco estremece, e seu corpo diz, mas sua mente se cala, nas ondas da vida se perde, e sua muralha se desarma, o tempo não canta neste lugar, pode ser belo como […]

Florir sentimentos

Primavera raia pelo amanhecer, era lembrete, um novo irá florescer, campo vasto, colore tempo vazio, desabrocham outras vivências, outras guerras contra o que é vil. Na luta, carmesim se ressignifica, espinhos são espadas que invadem, inverno assombra os cantos, mas se esquece que o dia traz luz, e traça novo enredo para os prantos. Nos […]

Desejar a sorte dos outros

Distintas ações, respostas infinitas, um tiro no escuro com esperança finita, eu penso que a sorte é uma arma, apenas com uma bala e uma única tentativa de tiro, deseja-la é não haver outra saída, seus pés já cansaram e suas portas já todas fechadas. Espero não desejar a sorte a outrem, pois minha esperança […]

A ilusão não conforta

Meus pés doíam, feridos pela pressão do tempo, carmesim existia vivo, no assoalho, no teto, nos corredores, nos trilhos. Não havia mais onde agarrar-me, machucados por onde quer que olhasse, da pequena fresta, às vezes, era me presenteado a luz, mas sua miudeza era tanta que não confortava meu coração, e cansada fechei os olhos, […]

Testemunho da vida

Sempre estive, mas nunca notada, corria pelo carmesim, e nada encontrava, dizia me ter, e nada era, um conto, uma história, uma fábula. Não conheço esse rosto, nunca me manifestou, andou pelas sombras, onde não estava o Senhor, suas escolhas rasas, devaneios falhos, cores falsas. O pouco que pude dar-me, vi que não poderia ter-me, […]

O conhecimento salgou a chuva

Olhos transparentes se esquecem que há, correm pelos cantos, mas o que carregam é o nada, sonham com o que podem ser, porém não conhecem suas manchas, o sorriso não pesa, a fala não amarga, o que é falso parece certo, e o que é vazio se preenche. Luzerna viva glorifica quem a tem, entretanto […]

Efeito borboleta

Bateu as asas e a vida surgiu, abriu-as e esvaiu-se, um suspiro, um respiro, um sufocar, por um momento liberdade, em outro perdição, escolhas variadas, aos cacos coração. Pousou no colo do destino, voou sem tino, em cada tom acinzentava outro caminho. Escolhas quase sempre pequenas, mas suas ondas são grandes, passos curtos e um […]

Pela beira do mundo

Nos olhos do além vi-te, suas asas em constelações, era noite estrelada, um firmamento bailarino, valsava com o oceano, voava como passarinho, o mundo alheio a isso, olhos vazios fitados no chão, o céu dançava com aurora, mas triste encontrava-se o coração. Na beira do mundo, no fim disso tudo, onde ninguém procura vida, vive, […]

Chuva serôdia

A tempestade não avisa quando vai cair, laços fracos vieram a ruir, como gotas podem ser tão pesadas? Gotejam em peito amargo, arrastam-se no assoalho, chuva serôdia, não vê hora, não vê dia. Um canto calado, mas que assombra quem o carrega, soa por todos os lados, e sua culpa lembra fel, o doce pecado […]