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De mim para mim mesmo XIV

Grande é o Senhor Deus, formosa é a sabedoria divina que raiou no infinito separando a luz das trevas, a verdade da mentira, a compreensão da ilusão, tudo clareou, o universo explodiu jorrando faísca vívidas, brasa viva acendendo as estrelas ligando em harmonia as constelações em um só cordão de amores, de entendimento, de conhecimento, de prática e vivência, os olhos se fizeram maiores que o espaço, expandiu-se ao céu, no altar do Senhor, tocou o trono santo, reconheceu a Deus, seus filhos amados, seus irmãos. Abriu-se a porta do coração do Senhor e grandezas gloriosas se mostraram aos olhos, a eternidade avistou do outro lado, a ponte está erguida, é a mão do Senhor, é a escada dos sonhos reais que por ela subimos para Deus gloriar e buscar no meditar dos teus lábios a razão da minha existência, o alimento para a minha alma saciar do seu prazer, sabedoria e magnitude do teu ser.

É do Senhor para mim, é de mim, para mim mesma, é das mãos de Deus para o meu coração. Senhor, nada é mais precioso que a joia da vida que me deste, da verdade que me fizeste conhecedora, aqui fora é tudo ilusão, é um mundo desenhado de fantasias, são consciências abominando o Senhor achando que estão dentro do verdadeiro amor, é engano, tudo é engano, aparência vestida de “verdades”, corações na solitária amargando a própria morte, comendo o pão que o diabo amassou com o peito trincado, amargurado, tudo é dor, são almas que choram perdidas do Senhor, eu não quero para mim esta vida de cão, Deus cruzou os nossos caminhos, tocou os meus olhos e sua mão enxerguei, andei sobre as águas santas e o sentido do meu viver contemplei, achei-me nas águas profundas e submergi na palma da mão do espírito santo de Deus, meu senhor da vida.

Por Maria Lúcia