Distintas ações, respostas infinitas, um tiro no escuro com esperança finita, eu penso que a sorte é uma arma, apenas com uma bala e uma única tentativa de tiro, deseja-la é não haver outra saída, seus pés já cansaram e suas portas já todas fechadas. Espero não desejar a sorte a outrem, pois minha esperança está na sabedoria que o acompanha, desejo que seus passos sejam precisos e suaves como o dançar da bailarina, de mãos dadas com os céus, a vida ao lado sussurrando qual será o futuro próximo. A sorte anda com o azar, um fino laço que os ligam, quem a alcança em qualquer momento pode cair, um chão incerto, uma base movediça, firmou a certeza em piso falso, e espera um resultado próspero. Não desejo sua sorte, escolhas rasas, respostas indecisas, desejo que prospere como deve prosperar, que atinja a verdade nos veios de seu olhar, independente do destino, inerente dos desígnios da vida, desejo sua felicidade mais pura, com a certeza do amanhã, migrando para o além, longe de toda confusão.
Sorte desejo aqueles que já se perderam, que querem este pequeno e curto e espaço de tempo, contam com as gotas da vida, dependem de momentos vãos, sorte desejo a quem não alçou voo e nem pretende alçar, que o chão seja confortável enquanto dure, e que não encontre os males que este tempo pode proporcionar, sorte desejo a quem não quer se salvar, pois perto, muito perto estão do azar.
Por Luiza Campos
Tema sugerido por José Carlos