Sem margem de dúvida à margem do oculto, o que está destacado, sobressai a olho nu e mesmo assim torna-se invisível, mesmo atraindo a atenção de diversas formas, entre sombras, entre quadros apreciados por tanta beleza, entre vozes ocultas as quais são ouvidas na alma, por vezes a mão invisível que toca o coração, a lágrima que escorre sabendo que há uma certa comunicação, sentimento que dói por mostrar que a verdade é colocada a sua frente como que um espelho e você percebe que o amor de Deus te ensina, te mostra minuciosamente tantas coisas as quais são encobertas pelo desejo fugaz, pela altivez, pela utopia carregada como se fosse real. E lá dentro você conversa consigo mesmo, um diálogo onde é reconhecido a grandeza que nos encontramos e em um segundo já se depara com a insignificante significância que você dá ao que não tem valor, porque tudo que está abaixo do sol é vaidade, porque são buscas que não sustentam a vida, antes o ego.
E mesmo que respire, que sinta a chuva na tez, que molhe seus pés em sal vendo a mobilidade das ondas que se deitam à beira, não dando tanta atenção aos próprios movimentos como se não fossem importantes, mas que em algum momento percebem a presença da vida, se assustam ao perceberem que em algum momento não sentirão mais a sua presença, ainda assim adormecemos nossos pensamentos, tirando nossa própria atenção do que devemos mover em nós. Teríamos que pôr de escanteio qualquer outra coisa que não seja a busca pela continuação de nossas almas com vida. No entanto, a sabedoria fica desconhecida por tantos ditos “sábios”, os quais são loucos, e algum remanescente dito “louco” é o real sábio de toda esta história, porque busca não só trazer a evidência para o seu campo de atuação numa constância, mas principalmente manifestar o que é desconhecido aos olhos tolos, o espírito da vida, o Cristo. Porque por ele somos vivos de hoje e eternamente!
Por Patrícia Campos