Viu o desfalecer
Diante seu espelho casto
Sentiu em si o doer
Sentiu o mesmo fracasso
Colocou-se em seu lugar
Secou em si o gotejar
O que era gosto de mar
Transforma no libertar
Ficaste preso a condolência
Mesmo sendo liberto
Adornado em beneficência
Pelo sofredor és terno
Ocupa o mesmo espaço
Do mesmo sentimento compadece
Faz de dois um grande laço
Do teu irmão jamais se esquece
Divide o pesar
Divide as angústias
Não quer agoniar
A alma que sofre tortura
Carrega a intenção
De esvanecer toda aflição
Que invade a imensidão
À quem tenha compaixão
Aliviador de imos
Traz à boca água doce
És coração sensível
E ao céu és jardim de amores
Sai por aí a plantar
As sementes do transformar
As quais tende a brotar
Nas almas que queiram amar
Do sal
Traz sorriso
Ao mal
Faz-se abrigo
Aquece
E és aquecido
Floresce
Por seres amigo
Por Patricia Campos