Não em minha caverna
Fez o eco reverberar
Mas dentro da minha alma singela
Ouvi a voz do céu ressoar
O anjo abriu sua boca
E em meu peito fez ecoar
Fez-me trocar de roupa
Deu-me asas para voar
As ondas sonoras atingiram
Um raio tridimensional
Mas os tolos, indagaram e arguiram
Julgando-me louco e banal
Me olharam com meneio
Desprezaram-me sem causa
E eu tentando um intermeio
De forma suave em prosa
Na intenção de mostrar-lhes
Seus universos particulares
Afim de não mais findar-se
Transformando-se em constelação estelares
Formar-se em luz
E ouvir de si a repercussão
Que ao espelho reluz
Quando é simples o seu coração
Fazendo seu imo bramar
As profundezas divinas
Àquele que aprende amar
Torna-se em água cristalina
Nascente de rio doce
Que desce entre as montanhas
Leve feito algodão doce
Invade as puras entranhas
O que ecoa aqui dentro
Traz o sentido de ser
Não são palavras ao vento
Mas a água do renascer
A qual faz repercutir
Em todo o interno sensível
Ao sábio chega invadir
Tornando-o invencível
Por Patricia Campos