Não importa o que fez
Ou o que pretende
Dentro da sensatez
Desate deste nó que prende
Antes que a noite chegue
E não molhe mais sua tez
Ou que seu espelho quebre
Há de chegar sua vez
O que será feito
Quando tudo estiver desfeito
Quando o tempo do fim chegar ao leito
E verá que não há mais tempo?
Quem foi, triste será
Quem ficou não esquecerá
A luz há de apagar
Se teu óleo não estiver lá
No teu coração candeia
Se não pulsar mais tuas veias
E descansar tuas pálpebras
Até que o pó se desfaça
E perca a tua graça
Diante ao olhar que antes brilhava
Não importa mais
Agora tudo ficou para trás
E terás somente o pranto seco dos ais
E a lembrança do que era cais
Por Patricia Campos