Tarde fria
Talvez seja tarde
Quem sabe a poesia
Traga à alma a arte
É preciso sentir
O fogo que faz palpitar
O batuque do existir
E sair por aí a dançar
Olhar distraída
Ver asas azul celeste
Brincando, descontraída
É a borboleta que tece
O som
Que aprofundou
Deu tom
Que encantou
Bem me viu
Eu o ouvi
A voz do céu repetiu
Em timbre das águas do rio
Escorreram sobre o tecido
Em forma de mar
A liberdade dando seu grito
E o entendimento a falar
A percepção é dom
À quem é sensível
Reverte feito canção
Sonoridade incrível
Faz levitar
Como apreciar as ondas do mar
Faz alcançar
A leveza em poder voar
Não perca-se por tão pouco
Há uma infinidade de sentimentos
Perdidas em seus escombros
Aguardando seu descobrimento
Tenha um olhar atento
Olhos de catavento
Pra que lado corre o vento?
Esqueça, não existe o tempo!
Por Patricia Campos