A transparência lhe é própria
É luz em meio a escuridão
Da sabedoria faz a cópia
E espelha em cada imensidão
É o que é
E não há como mudar
Escorre feito igarapé
Na alma que quer enxergar
Aquele que a busca
Há de encontrar
Não esconde-se, e não ofusca
Intrínseca à realidade, como as ondas são ao mar
Aos fracos machuca
Dos hipócritas é a grande inimiga
És água que inunda
E de todo engano purifica
Por sua causa
Criou-se fugitivos
Deram mãos a falsa rosa
Acolhendo seus espinhos
Um lume imerso
Dentro de cada universo
Que tento pelos meus versos
Mostrar que é possível tornar-se emerso
Trazer à tona
Mesmo que o imo doa
A verdade não se abandona
É por ela que a alma voa
Quando a verdade emerge
Aos sábios traz alegria
Seu intuito não fere
Àquele que a têm por companhia
É preciso querer
É preciso entender
Que a luz deve transcender
No interno de quem quer viver
Sempre se mostra
E ensina o libertar
A verdade é uma nota
Que todos devem cantar
Por Patricia Campos