Voltei para o mar
Como criança para os pais
Mergulhei em lar
Astronauta que se esvai
Estrelas no firmamento
Refletidas sobre o azul marinho
Grandiosidade sobre o tempo
Infinito nos passarinhos
Poder chamar de casa
A beleza que vejo
Ao refletir minhas asas
Sobre as águas de desejos
Brilhe, lume
Seja inteiro
Como vagalume
Leveza de seu peito
Sou moça a bailar
Com ciência
Sou ela a nadar
Consciência
Sou pássaro nas estrelas
Alcançando a eternidade
No pico, em sua beira
Sentindo a brisa da liberdade
A primavera vem chegando
Trazendo o sol e seu calor
Já ouço os pássaros cantando
E a alegria do beija-flor
Meu interno soa em cordas sem nome
Entoa em música sem lei
Sou nômade
Procurando os bens do meu Rei
Traços sem destino
Como o viajar dos cânticos
Quadro pintado no imo
O purificar de meu âmago
Até que fique essência
As sobras do Eu Sou
Meu eu sobre a sapiência
Em lençol que me esquentou
Sou abrigo para os famintos
O infinito em cor
Trago a paz para os distintos
Que sentem a fúria da dor
Quero bonança em mundo vazio
Proclamo a grande voz
O amanhecer para quem passa frio
A designação de todos nós
Por Luiza Campos