O mundo parecia colorido
Entre as folhas no chão e as árvores balançando
Parecia tão bonito
A vista de cada ponto do universo se sincronizando
Parecia belo
Sim, parecia
Um forte elo
Que nada quebraria
As coisas eram diferentes
Na visão de cada peito
Visando externamente
O casulo de cada sujeito
O rodear era azul marinho
O horizonte era florido
Ainda tinham os passarinhos
Que cantavam para os entristecidos
Refugiava-se do tempo
Com a vista do mar
Mas sussurra o vento
Isso não vai adiantar
A tristeza impregnou
Não há canto para se esconder
Carrega o peso que procurou
Por isso a troca de ser
És bela a natureza
Pintada com as mãos do céu
Mas como pode ter sua destreza
Se é cega pelo véu?
Prefere abrir os olhos externos
Visto que seu imo traz a dor
Caiu na lama seu interno
Trazendo pra si o rancor
Deixe a janela aberta
Visite sua casa
Visão turva, incorreta
Busque a liberdade, crie asas
Ao olhar o seu interno
Não assuste-se
Busque o eterno
E purifique-se
Assim todo e qualquer lugar, será lar
Pois o bem habita em seu coração
A leveza fluirá em teu falar
Levando isso a toda escuridão
Por Luiza Campos