E era tempo de luz
Relativo àquele momento.
No interno um guia, conduz
Mas o espelho não o refletira lá dentro.
Apesar da descoberta,
Uma preciosidade
Tesouro que guarda a pedra
Rocha, luz da divindade.
Fora inundada pelo mar de desejos
O qual da luz o fez desfocar
Era engano, era lampejo
Na morte não quis acreditar.
E refugiou-se para o lado negro
Onde pudesse lambuzar-se na lama
No coração só desejo
Com diabo se deita na cama.
E no fundo sente ardor
Mas no mar da ilusão se refresca
A cada sentido uma dor
Um lacrimejar que não cessa.
De vermelho sangue vestida,
Corrompida pelo desgraçado.
Nos pés salto alto, exibida
Soberba carrega no encalço.
No âmago tem a tristeza
Por fora um sorriso esboça.
Quem dera houvesse a destreza
Mas nem para isso se esforça.
Seus sonhos são fantasias
Os quais esvanecem com tempo
Consigo faz terapia
E a vida esquecida lá dentro.
Fez pesadelo a verdade
Por se tornar imperfeito.
Fuga, realidade,
Insatisfaz o seu feito.
E o peito dorme contínuo
Levitando-o em sentido ao abismo.
Não é, nunca fora ingênuo.
O que fez do seu livre arbítrio?
Alma desaforada
Onde vistes saída no breu?
A luz que a encoraja
Que te tira da morte, livrando-a do lopreu.
Patricia Campos