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Hipérboles

Chego a perder o ar ao pensar na grandiosidade desta sabedoria a qual nos envolve. O silêncio tapa minha boca me fazendo morrer por dentro, para que eu possa viver. Eu ouço as almas gritarem por seus olhos, elas buscam por suas liberdades, querem poder voar além do além, mais alto que as águias, numa velocidade que ultrapasse os falcões-peregrinos, querem florescer e exalar seus perfumes pelos quatro cantos do mundo, onde querem que estejam almejam a felicidade plena, para se completarem. O céu não está fora do alcance, a vida eterna começa hoje para àqueles que acreditam, a morte é dormir sem sono, é não poder sonhar mais.

O tempo passa depressa e há séculos estamos no mesmo lugar. Temos que libertar nossos pés dos grilhões destas raízes que nos castigam a este chão frio, temos que clamar por nossa liberdade, que nossas asas sejam eternas e pintadas com a cor da verdade. Que o nosso interno seja azul anil assim como o universo porque não podemos nos limitar sendo infinitos. A vida acaba para àquele que a despede sem conhecê-la, mas para àquele que lhe agarra com todo o seu coração e a retém como um oásis em pleno deserto, saciando-se das águas doces que ela proporciona, nunca mais terá sede, porque saciou-se eternamente da justiça, carregando um sorriso verdadeiro de orelha a orelha, o qual poderá durar uma eternidade e em apenas um segundo transformará todo seu estado, o que era dor torna amor, uma porta que nunca se fecha, escancarada para a sabedoria. Nada disso é exagero, não se tratam de hipérboles, mas de sentimentos verdadeiros, metáforas que florescem em campos férteis, para que a vida permaneça em eterna manifestação.

Por Patrícia Campos