A vida sorriu e estendeu sua mão
O broto vingou um fruto excelente
Findou o inconsciente, dissipou a escuridão
Divisor de águas, eternidade consciente
Um elo perdido em meio ao caos
Um templo eterno a ser edificado
Engenheiro da vida no peito em anonimato
Desejo de ver um edifício levantado
Mas é preciso abrir os olhos
Deixar raiar a sabedoria
Transbordar a candeia com óleo
Reconhecer-se como simetria
Refletir-se como espelho
Preencher as lacunas do coração
Ouvir do alto o puro conselho
Ter prazer na solitude e deixar a solidão
A felicidade mora ao lado
Mas pode habitar cada imensidão
Basta o amor plantar e com a água da vida rega-lo
E verá florescer o sentimento da compreensão
Existência efêmera não completa
A cada morte, um pedaço que se foi
Somente a vida deixa a alma repleta
Parte que completa, eterno resplendor
Desbrave seu mar interno
Mergulhe sem medo no mar da razão
No fundo da alma habita nosso tesouro eterno
Não se iluda com esse mundo de ilusão
Refletir-se como espelho
Preencher as lacunas do coração
Ouvir do alto o puro conselho
Ter prazer na solitude e deixar a solidão
Por Michele Mi