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Não se importam

Até quando vamos ficar correndo em círculos sem ao menos olhar para o lado e ver o valor dos poucos sorrisos verdadeiros? Não consigo entender o porquê o verde de um papel consegue ter mais valor que a esperança, e que as folhas que dançam e acenam não conseguem ser vistas por causa da insignificância humana, não que sejam insignificantes, mas se colocaram neste lugar, porque deixaram de olhar a simplicidade exuberante, e a sabedoria que se cala porque a voz da arrogância tem predominado no mundo. E não é do lado de fora, mas está alojada lá dentro, num lugar onde jamais poderia estar, no coração.

Não há o que ser feito, porque se os próprios olhos fazem questão de não ver o triste lugar que se encontram, quem poderá mudar o seu lugar? É impressionante o fato de estarmos neste globo no meio do tempo, ocupando este pequeno espaço e não nos atentarmos para tamanha grandiosidade, e maior que isso é sentirmos a vida, que pulsa e colore o globo ocular, trazendo brilho à quem se espelha nela, porque todos sabem que ela está em si, mas não se importam em vê-la partir, porque se realmente se importassem deixariam de existir nesta existência efêmera, e não esperariam a morte para que isto acontecesse, muito pelo contrário, antes mesmo já a mortificaria a favor da vida verdadeira.

Por Patrícia Campos