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O tempo se fechou

O céu se fechou com a tempestade
Só se ouvem os trovões e os ventos
Todos se trancaram em seus mundos
Só se ouvem os ais e os lamentos

Eu choro a tristeza dos outros
E vejo a tempestade os amedrontar
Suas terras estão assoladas
E não sabem como dela, cuidar

A água vem para molhar
Os campos que estão secos
Mas como poderia frutificar
Se não a deixam penetrar aí dentro?

Se intimidaram com tudo daqui
Não tem mais como mudar
Temerosos andam nesse caminho
Não querem nem ao menos a verdade escutar

Insanidade com voz embargada
Peito assolado por dentro
Carregam o peso de seus destroços
E o desgosto que tanto os atormentam

Choram com tristeza no olhar
E na boca tentam disfarçar
Um sorriso com soslaio falso
De uma vida dissoluta de amargar

Pensamentos desnorteados
Perdidos pelo tempo fugaz
Traçou sua rota na morte
Perdeu-se e não volta jamais

A voz do trovão fala com serenidade
Ao ouvido que se põe a ouvir
Ele chama atenção em todos os pontos
Para ouvir a voz que clama dentro de ti

Por Ítalo Reis