É uma coisa esquisita, mas sempre nos referimos ao espírito como se ele estivesse distante, falamos do espírito como se falássemos com alguém ao telefone, como se o espírito estivesse só naqueles momentos, como se o espírito habitasse só no outro, como se o espírito não estivesse aqui conosco. Ora, meus irmãos, que olhemos mais para o nosso espírito, pois cada um tem o seu dentro de si, temos que valorizar o santo que somos hoje conhecedores, que não fiquemos só nos feitos do passado, pois a mesma mão que agiu antes é a mesma que age neste tempo. Que façamos uma retrospectiva da nossa vida, já fomos cegos, aleijados, surdos, mudos e hoje enxergamos, andamos, ouvimos, falamos, já fomos escravos no Egito, não somos mais servos de Faraó, nem órfãos de Pai e nem viúvas sem marido.
O Cristo que nos faz morada é quem curou os enganos das nossas consciências, quem abriu o cárcere para nossa liberdade, quem nos dotou de asas para voarmos ao céu para o dragão não arrebatar-nos, quem abriu o mar vermelho para passarmos em terra seca, tudo isto e muito mais o nosso Senhor fez diante nossos olhos, somos o milagre da vida, pois não se conta o tanto de vezes que tivemos que mergulhar no rio Jordão para curar nossos corações e quanto que ainda temos que mergulhar para nos purificar. A glória não é nossa, mas do Senhor, nossa parte é crer e entregar inteiramente nossa alma nas mãos do Cristo de Deus, nas mãos deste espírito que nos faz ver o quanto só o Senhor é Deus e devemos reconhecer em nós o Cristo de Deus, pois longe não está para que tratemos como se estivesse tão longe…
Por Maria Lúcia