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Simplesmente amar

Amar ou ser amado? Compreender os lados, sentir outras dores, abraçar com gana e leveza, saber que és completo, daria a vida, lutaria, gritaria, faria o possível e o impossível para que em sua volta todos ficassem bem. Amar seria minha resposta, prefiro amar, amar a todos, assim poderia reconfortar um coração perdido, insistindo pela vida, por amor ao fervor que pulsa em mim, por compreender o céu e suas dores, doei-me por isto, entreguei-me de fato, o que mais poderia pedir daquele que ferve meu imo? Por isso amo, amo quem não me ama, amo e faço de tudo, não para que me ame, mas para que ame também a vida, a luz do céu.

Pode parecer estranho, mas isso também faz-me egoísta, faço isso também pelo meu próprio bem, pois, fazendo isto não pesa meu coração, sendo assim sou livre, porque a compreensão completa partes vazias em mim, sendo assim não vejo meu lado em toda história? Pois amo a mim também. Frase que puxou-me para o abissal, se, pois, amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? O que teria eu? Reciprocidade tão curta, o que lhe falta são os olhos da justiça para enxergar que muitas vezes o que parece recíproco não colore o coração, porém, dar suas mãos a quem precisa, mesmo que não o amando, compreendendo-o, é o melhor ato a ser feito. Amo a vida que pulsa em seu peito, faço de tudo pela simetria, falta cor nas palavras do mundo e falta mais amor nas entranhas das consciências para enxergar que recebe-lo não preenche sua falta de compreensão.

Por Luiza Campos