Eu comigo mesmo, no vasto silêncio do tempo, sem amarras e sem medo, sem laços, longe de tudo, mas muito perto de mim, e sei que meu senhor está aqui. Estou longe das impurezas, ou talvez tentando, sempre lutando, pois o que não podemos é abaixar a cabeça, a paz provém do interno e apenas aqui posso a encontrar, calando esta confusão que me rodeia e me concentrando em me purificar. Eu sei que não é fácil encontrar afago na solitude, mas é nela que temos as respostas que precisamos. Estar sozinho para nossa própria paz é uma sensação única, sem preocupações, sem medo e sem culpa, difícil é alguém que consiga viver só, nunca acham a presença do espírito o suficiente, preferem estar rodeados de falsidade com pessoas que nunca foram verdadeiras no passado, imagina no presente? Não há como prestar atenção no que a vida tem a dizer com esta confusão externa, pois este mundo é vazio, e seus moradores se tornam assim também.
Quem se preocupa com o que lhe rodeia se perde nos gritos e nas dores, como ouvir os céus assim? Olhos perdidos e com medo de se verem de verdade. Quantas oportunidade não perdemos por medo? Mas agora do que temos medo? A eternidade é real e eu não quero passá-la sozinho, refém dos meus atos, de minhas escolhas, é preciso deixar cair as máscaras para que possa ver minha verdadeira tez, que aos poucos ganham cor ao lado da vida, e meus olhos conquistam brio. Deixei para trás a solidão, e abracei a solitude, ela carrega consigo o celeste, e a paz de saber quem eu sou e como a vida vai me moldar.
Somando nossas luzes
Por Luiza e Arthur