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Tempestades da vida

Em meio ao alto mar de ondas grandes
Atraquei-me ao meu eterno cais
Fiz dele meu porto seguro
E não temo a mal algum, jamais

Confesso que o meu barco balançou
E logo começei a me perguntar
Será que irei naufragar junto aos incrédulos
Ou Deus está dele a cuidar?

Chorei ao ver um turbilhão de ondas
Fiquei por um tempo sozinho a repensar
Quantas coisas me sobrevieram!
Para que eu continuasse firme a remar

Foi necessário passar pelas ondas
Atravessar as tempestades da vida
Mergulhar no profundo de meu abissal
Para sentir o mar em plena calmaria

Foi um percurso que tive que caminhar
E somente fechei os meus olhos
Ouvi a voz dos céus a me falar
Dizendo-me em tom suave: confie, você passará

A ternura de suas mãos me conduzia
E sua voz me apontava a direção
Aonde meu barco se encontraria
No meio de toda aquela imensidão?

A bonança se fez presente em meu peito
Quando a tempestade daquele mar passou
Senti o alívio da maré baixar
E compreendi que foi necessário por amor

Hoje o mar não está mais revolto
E vejo a tranquilidade nas ondas do mar
Sinto a brisa leve bater em meu peito
E o frescor dos céus a me tocar

Por Ítalo Reis