Vamos falar sobe essa grandeza imensurável que envolve todo este sistema o qual estamos dentro, mesmo não enxergando a dimensão da complexidade em que estamos, mas que nos aguça o mínimo de percepção e percebemos o quão pequeno somos por deixar que a vaidade vire nossa bolha, a qual nos cerca, mesmo que sejamos seres tão valiosos os quais nos desvalorizamos por nos vulcanizarmos ao pó que é tão leve, sem peso que até o vento carrega, e por isso acabamos sendo carregados tão facilmente pelo vento do engano. Tudo desse tempo efêmero é troco, tão insignificante que não há lugar em cofre algum, porque não se pode enxergar num futuro próximo o troco deste tempo curto que não se pode contar, não se pode contar com ele porque ele acaba sendo traiçoeiro sem mesmo saber que é, porque engana os inconstantes por seu troco, por ser troco, mesmo não podendo ser contado, porque se vê seu fim, e como contar o que acaba? A vida é eterna e não se conta seu fim, a sabedoria é infinita e não se conta seu fim, a simplicidade é sublime e não se põe no papel, não se vê o seu fim, a paz é alcançável para àquele que a busca sem fim.
Troque o troco, troque o tempo fugaz pelo infinito eterno, onde há luz, onde não há troco, nem troca, porque se trata do ápice do alcance sóbrio, onde você trocou o seu lado troco, pelo seu lado tronco, onde se alicerçou na raiz infinda da vida. Um troco deste tempo, um troco neste espaço somente um insignificante troco, porque o valor real está em se tornar perene, e não se chega a este estado atrás de troco, mas o valor para se chegar a ele é a sua alma pura, não há riqueza maior que tornar-se puro, infinitamente maior que ouro.
Por Patrícia Campos