Sou qual uma embarcação no alto mar em meio a ondas gigantes e ventos fortes que sopram continuamente apontando qual direção seguir, sou um dos tripulantes a navegar por este mar de ilusão, onde meu comandante tem o controle de tudo em suas próprias mãos, Ele tem a bússola guia que mostra a diretriz onde irei chegar em um porto feliz, onde o cais irá me amparar e ali poderei atracar. Mas no meio desta trajetória tem que ter muita cautela, pois muitos ficaram à deriva perdidos nessa grande imensidão, sem saber o rumo a se tomar, sem saber tomar decisões foram levados pelos ventos pela correnteza que até hoje os atormentam, outros no entanto naufragaram em alto mar, não suportaram as tempestades que fizeram sua embarcação afundar.
Como explicar tal situação? Não mediu os riscos? Não foi avisado ou foi apenas falta de siso? É preciso ter atenção, enquanto estivermos neste mundo tudo tem que ser visto com antecedência para que não cometamos nenhuma imprudência contra nós mesmos e decretamos a nossa própria sentença. Todos correm riscos de velejar em alto mar, pois as correntezas são extremamente fortes e as ondas querem nos afundar, mas aí que se nota uma diferença entre o justo e o ímpio, onde o justo dorme no meio da noite em águas tranquilas, já os ímpios se encontram em grande temor, pavor, por não estarem nas mãos do Senhor. É necessário passar pelas ondas do mar, atravessar as tempestades da vida, ir até no fundo do próprio abissal para sentir o mar em sua plena calmaria, a bonança se fará presente quando a maré abaixar, mas enquanto estamos passando por este mar revolto temos que fazer de tudo até ele se acalmar. O percurso é longínquo até atravessarmos a fronteira, velejar em linha reta fará que do caminho não nos percamos.
Por Ítalo Reis
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