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A jornada e o destino

Às vezes nos esquecemos o que queremos, por nos perdermos nos meios, na verdade é preciso presenciar os passos, entender os rastros e esperar o destino, tudo em sincronia, e em uníssono com a vida. Qual história conta o que deixa para trás? A jornada escreve sua sina, não há como escapar desta linha, os loucos cometem loucuras, os confusos se confundem, os sábios buscam sabedoria, os tristes se entristecem a cada dia, uma ação, uma reação, uma lei física que transpassa o físico, toca alma e a transparece, suas escolhas dizendo muito mais do que palavras, pois só se sabe o destino, se enxergar a jornada. Pobre espelho, quase toca o infinito, mas deixou-se despedaçar pelo chão, os cacos não contam um tino, eles se perdem, estremecem e desejam, desejam cada laço que se partiu, e cada caco busca um lado, refletindo tudo, menos seu estado, despedaçado, olhou para trás e salgou-se, a maré carregou a perda, o vento suas sobras, cinzas de um conto frio, o solo e o vazio.

Os céus deram tudo, até mesmo seu roteiro, já deixaram o combustível, e traçaram o rumo, mas perderam-se por criarem raízes pela viagem, e o que todos deveriam entender é que um forasteiro não leva bagagens, que a jornada não é o fim, mas a passagem, a história não deveria acabar pela metade, mas infelizmente, se esquecem que a trajetória não é o fim, porém o começo da eternidade.

Por Luiza

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