O que antes era uma fogueira em chamas ardentes hoje só se tem as brasas e quando se colide suas fagulhas se espalham na esperança de se acender mais uma fez e clarear toda a escuridão que a rodeia, mas nenhuma folha chega até ela e muito menos se interessa por sua história, vemos que quando dois corpos se encontram eles se chocam por conta de seus atos e suas histórias, quando uma história é sentida ao outro corpo eles passam a andarem juntos fazendo uma nova história, mas a brasa não recebe sua visita há muito tempo, talvez sua história já está no fim e o que falta é a chuva apagá-la e fazê-la descansar deixando o rastro de sua vida nas cinzas e na fumaça que manda a sua mensagem de despedida e alertando a escuridão eterna. Vemos o mundo desta maneira, as consciências só buscam o efêmero e deixam o espírito de lado, fazem de tudo para terem mais, para viverem um pouco mais, para sentirem um pouco mais de prazer, mas não fazem nada para sobreviverem após a morte.
É muita loucura dizer que tem como sobreviver após a morte? Muitos acreditam que há um depois, mas ninguém busca saber como entrar no céu eterno, apenas acreditam que após a morte da carne eles vão naturalmente para o céu, mas toda a recompensa tem uma condição e para entrar no reino de Deus deve deixar o efêmero e buscar a eternidade com o espírito, basta deixar seu interno te guiar, essa é a bússola para o céu, mas ninguém quer seguir o espírito e assim vemos as almas doentes por irem contra o Senhor, é loucura ver que para uma consciência conseguir um corpo na musculatura de um atleta ela faz de tudo, deixa de comer seus doces preferidos, deixa tudo que for necessário para atingir ao tão sonhado físico, e para atingir a completude do espírito não consegue tirar nada da carne, nenhum sentimento, nenhuma ligação, vive apenas sonhando em se aliar ao espírito, mas buscando somente a carne, um processo que precisa de determinação, decisão e atitude em prol do espírito, somente assim a alma entrará em chama com a fogueira da vida e fará parte do corpo de Deus.
Por Luiz Gustavo
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