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Brilho ofuscado

O tempo trouxe a seca, e os ventos trouxeram as poeiras, cobriram o relicário da vida, tirou sua atenção, trazendo a sensação de ser uma bijuteria velha, a seca veio a partir da falta da água, não se alimentou e caiu murcha e tristonha, os ventos chegaram com força tirando os resquícios do que sobrou da vida, e hoje se encontra abandonada no fundo do baú, enferrujada com suas riquezas escondidas, seu brilho sucumbiu com a falta de admiração, em uma caixa sem luz nenhuma só havia seu brilho que mostrava os caminhos a serem seguidos, mas mesmo sendo tão importante ninguém deu crédito e hoje seu peito é cômodo vazio, percebes que não há como voltar o brilho da vida e em seus olhos que queriam acreditar em uma saída, hoje se encontra com um brilho ofuscado em um rosto que se diz ser feliz, a jóia guardada em si mesmo abandonada e não reconhecida nunca perderá seu valor por ser pura, agora sua alma vazia nunca chegará a ter valor sem as pérolas do céus, sem a luz da vida, sem a verdade do viver.

Hoje vemos um mundo recheado de gente com os olhares ofuscados, que andam, falam, mas não estão vivos, sua pureza foi-se encoberta pela lama da carne, e o seu brilho foi escondido, em um mundo repleto de jóias não se encontra nenhuma alma que tem posse de seu real valor, e a colheita que deveria ser abundante foi apenas plantada e deixada para que o tempo pudesse fazer sua parte.

Por Luiz Gustavo

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