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Compasso da vida

Limite que traço, faço com meu compasso, compasso que me circula e cria uma bolha, fazendo eu ser dono dela, como um reino eu ordeno o que deve entrar e o que deve sair, minha circunferência é grande e devo ter visão de tudo que está a adentrar, pois pode vir o inimigo e se infiltrar, causando maldade em meu reino, causando destruição em minha construção, devo ser sábio e deixar somente entrar aqueles que estão a meu favor, somente os seres eternos, pois os temporários cairão e mancharão meu piso com sua decomposição, então devo começar a varredura, vou de porta em porta, e vou expulsando os infiltrados que só causam dor de cabeça, com cuidado tudo é julgado e muitos são eliminados. Dentro do reino devo fazer o mesmo, examino todos e infelizmente devo retirar muitos soldados, muitos mordomos, muitos marechais, muitos de tudo, mas infelizmente criaram raízes e estão sendo difíceis de fazer suas retiradas, mesmo retirando, restam alguns, e analiso que devo colocar muitos e muitos ao meu lado, mas somente aqueles de confiança, e os enraizados que são os sentimentos carnais, as ligações com a matéria e a saudade do passado devem ir embora e atravessar a minha linha traçada pelo meu compasso, e devo adentrar os sentimentos da vida, as ligações pelo espírito, e a saudade de meus irmãos para me darem forças, somente assim trarei um reino de glória e serie apto a alegrar meu Senhor por te dar-lhe orgulho de colonizar um reino próspero.

Por Luiz Gustavo

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