Esdras preparou o seu coração para entender a lei do Senhor, cumpri-la e depois ensinar em Israel. Paulo disse: não são os que sabem a lei que serão justificados diante de Deus, mas os que praticarem a lei hão de ser justificados. O conhecimento trata-se de uma coisa, a prática trata-se de outra coisa. Eu costumo dizer que uma consciência só anda pelo que ela acredita, o só conhecer não envolve sentimentos, mas o acreditar envolve, ninguém fala ou realiza aquilo que não acredita. Da boca dos profetas saem as leis, e quem acredita, as praticam. Paulo disse: não seja só ouvinte, mas praticante. A pessoa que fala e não pratica, não passa sentimento do que fala. A confiança de quem anda pelo Espírito, não precisa nem falar, que as outras consciências a sentem, tem um ditado que diz: carroça vazia faz muito barulho; assim são as consciências vazias, falam muito, mas não tem nada para oferecer. Toda consciência que se justifica muito na carne é porque não tem nada no espírito. Deus nos criou na carne pela consciência que produzimos, mas essa consciência deve andar pelo Espírito, e não existe nenhuma justificativa dela estar pela carne. É como quando se pega um ladrão roubando, qual a justificativa? Assim é como quando uma consciência que se diz espiritual e é pega pela carne.
Em que horas você pega um cachorro miando ou um gato latindo? Não existe justificativa para um ser que se diz espiritual agir pela carne, não precisa nem dele falar, pois o sentimento que ele passa é carnal, assim como o ser genuinamente espiritual, só a presença dele já passa esse sentimento. Mesmo no inconsciente, toda consciência tem sede de ouvir a palavra de Deus, a palavra da verdade machuca, mas sustenta a consciência. A consciência que não ouve as palavras do espírito é raquítica, porque as palavras do espírito têm vida. Jeremias disse que as palavras do Espírito são mananciais de águas vivas, e que as palavras da carne são cisternas rotas, ninguém se dá conta disso, mas o ser espiritual é manancial de águas vivas, e é desta rocha que salta uma fonte para a vida eterna. Ninguém assume o Espírito por pessoa, mas tem necessidade de ouvir as palavras dele, só as palavras do Espírito conseguem sustentar a alma, pois as palavras da carne as deixam raquíticas. Qual consciência não quer ouvir as palavras da vida, as palavras do conhecimento, as palavras de um ser espiritual? Qual consciência não quer ser aprovada pelo Espírito de Deus, pois ele será o corpo dela eternamente lá no plano do céu. Portanto, só o conhecimento não basta, mas há a necessidade do sentimento do conhecimento, senão, fica uma consciência vazia, sem o sentimento do que fala. O que passa a credibilidade para quem ouve é o sentimento do conhecimento, pois, só o conhecimento sem o sentimento, são palavras vazias.