Na verdade, eu tenho dó de consciências fracas, consciências que vão na onda das outras, pois elas não têm personalidade própria e pegam até os cacoetes de outra consciência. São como os jovens que imitam seus ídolos ou como os débeis que querem se passar como covers por seus ídolos. Tudo aquilo que uma consciência fraca vê em quem ela admira, quer fazer igual. Na lei está escrito que Deus nos colocou por cabeça e não por rabo, imagine uma consciência que se diz espiritual pegar os cacoetes de um ímpio? O que Abraão, Isaque, Jacó, os profetas, Jesus ou Paulo tinham de diferente de mim? E por que você acredita que Deus falava com eles e não fala comigo hoje, qual o seu problema? A questão é que a linguagem de Deus é a do entendimento e para chegarmos ao entendimento de alguma coisa há a necessidade do raciocínio e é neste ponto que a tua consciência se perde, a maneira com que ela confecciona o entendimento dentro dela. A tua consciência pode tanto falar quanto ouvir pelo entendimento, ela pode tanto aprender quanto ensinar pelo raciocínio lógico, nós enxergamos pelo raciocínio lógico tão claro quanto enxergamos pelos olhos da carne. O entendimento também trata-se de uma linguagem, tanto por expressões, por discernimento quanto por parábolas e enigmas. A escritura sagrada não se trata de um livro literário, mas de um livro enigmático, decifratório. As escritas das histórias sagradas podem ser um longo caminho decifratório por envolver múltiplas possibilidades e uma consciência fraca geralmente leva o entendimento para o lado errado, totalmente distorcido da verdade do que realmente significa.

Uma consciência verdadeiramente espiritual não comete erros contra o espírito de Deus, mas uma consciência fraca cai nas ciladas do engano, é o tal do ouvir conversinha mole do diabo, como aconteceu com Eva que também se trata de uma metáfora onde ela representa a consciência que caiu nessa conversinha mole da serpente e se ofereceu a Adão, que representa a carne. Pedro disse para nos abstermos dos desejos carnais que combatem contra a consciência, mas as consciências fracas caem nesses golpes dos sentimentos carnais, não resistem aos desejos se entregando facilmente a eles e colocam a culpa no outro ou na carne, muitos até usam a expressão que a carne é fraca, mas é a consciência que é fraca, pois é ela que tem o poder de pensar, raciocinar, formar ideias, determinar, agir e manifestar, sendo que esses poderes ela pode usar tanto pela existência do espírito quanto pela existência da carne, mas o propósito do Criador consiste justamente em à consciência andar pelo espírito e não pela carne. É lógico que as duas existências são totalmente antagônicas, a carne é o lodo, a areia, uma base provisória e o espírito é a base sólida, eterna, pois a vida é própria do espírito e toda consciência que se edifica e se firma de verdade no espírito se faz por cabeça, pois Cristo, o espírito é quem a domina, mas para ser assim, antes a consciência deve ser firme na sua decisão e se entregar ao espírito, deixando-o conduzi-la no caminho traçado por Deus, tornando-se um ser espiritual com sua identidade, personalidade e características desse novo ser e a velha identidade carnal é riscada e aniquilada, pois sabemos que carne e sangue não herdam o reino de Deus.

Somando nossas luzes

Por Zeca e Michele