Aonde a árvore não faz sombra, e a água não mata a sede, quanto mais anda, mais perdido se encontrará, e o destino que está traçando, cada vez mais distante ficará. Este deserto é este mundo que vivemos, um mundo já perdido, sem solução, onde milhares de consciências vivem e não sabem o porque da sua existência nesse mundo e nem procuram saber, passam a vida toda sonhando com as conquistas que irão realizar aqui e não se atentam que a vida aqui é passageira, e o que nos espera é uma eternidade, e cada um desfrutará da eternidade pelo caminho que andou, ou viverá de glórias com o nosso Criador ou cairá no nada, um imenso vazio sem volta. Moisés quando andou pelo deserto, seu objetivo era tirar o povo hebreu da situação que eles se colocaram para chegarem a terra prometida. Moisés tinha certeza do caminho que estava percorrendo, ele não duvidou, pois o seu caminho foi guiado a todo momento por Deus, as suas forças estavam nele e não nas armadilhas que poderiam aparecer a sua frente.

Mas hoje ninguém se importa em passar por este deserto, pois ninguém se interessa em sair dele, todas suas vontades e anseios são neste mundo e todos se esquecem que todo criador visa o que a sua criação produzirá a ele. Mas o que esperar de um mundo tão fútil, que o que enchem os olhos são somente os sentimentos da carne? Cada vez mais notamos que as consciências estão perdendo sua identidade, a vaidade tomou conta de todos, e a sua busca é serem perfeitos aos olhos dos demais, e não buscam serem uma consciência perfeita para Deus, mas o que esperar dessas consciências, sabendo que elas mesmas não sabem que são o elo que Deus tanto queria, como eu também não sabia que é a minha consciência que interessa a Deus, nada a mais que isso, pois a carne irá morrer, o espírito que me dá a vida voltará a Deus, e a minha consciência por onde andará? E a resposta está nos meus atos, eu agora descobri e esse tempo que me falta aqui nesse mundo é para realizar o que foi destinado a mim, desde o momento que eu comecei a produzir o que meu Criador almeja.

Por Jeane Reis

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