A dona encrenca vive rodeada de problemas, não que ela tenha os problemas, mas ela cria os problemas e na maioria das vezes ela é o problema. A dona encrenca é rixosa e gosta de mexericar, ela sempre quer ser a última a falar, como se dela provesse a palavra final. A melhor coisa é ficar em silêncio quando a dona encrenca abre a boca, senão ela não fecha a boca nem para respirar. Ela sempre defende as coisas erradas com argumentos chulos. Tem até um ditado que diz: é melhor viver num barraco isolado com goteiras do que perto de uma mulher rixosa. A mulher rixosa sempre quer ter razão, mesmo quando ela vê que não tem. A mulher rixosa é como um instrumento de uma nota só, ela sempre bate na mesma tecla e se você não ficar calado, o assunto nunca termina e mesmo depois de terminado ela sempre tem alguma coisa mais a falar, por isso lhe falta discernimento, pois sua boca não se cala e assim não consegue ouvir para raciocinar. Sua mente é mestre em criar coisas que não existe e buscar argumentações em suas imaginações, uma vírgula passa a ser um grande parágrafo, uma história nunca termina e um caso para ela nunca tem um ponto final, mas ela sempre volta no mesmo assunto. Ela faz muitas coisas às escondidas e omite para se beneficiar, mas quando sente algum presságio, logo altera a sua conduta. Jamais ela coloca alguém no caminho da vida, mas se sentir que alguém quer atravessar o seu caminho, cuida logo de derrubar a pessoa, se precisar inventa um monte de mentiras sobre a pessoa, mas nunca fala em ajudar, mas só em mandar embora para ela se acomodar. Tudo que você fala ou escreve, ela logo diz que foi para ela, pois todas as carapuças a servem. Eu falo do propósito de Deus, falo das leis que conduzem uma consciência a vida eterna do espírito, mas a dona encrenca sempre pensa que é contra ela, tem o raciocínio invertido e para ela o que quer seu bem se torna seu inimigo, mas aqueles que a apoiam para ela são verdadeiros amigos.

É levada pelo vento e gosta de jogar verde para colher maduro, não gosta de ver a felicidade de outrem e quando vê lá vem o surto. Às vezes a dona razão bate a sua porta e parece que vai mudar, mas não tem solução, não demora muito e lá vem ela bisbilhotar. Vive olhando para fora, olhando a grama do vizinho e se ver um broto florescendo, o peito sufoca e destila o veneno pelos caninos. A dona encrenca vive antenada com sua orelha de pé, antenada nas notícias querendo saber o que é, inverte a realidade dos fatos e esquece de cuidar da própria vida, perde seu tempo precioso de cumprir em si o propósito da vida. Sua mente vive confusa do jeito que o diabo gosta, um antro que aloja uma fera, a fazendo agir como animal irracional. Sua língua deveria ser afiada, mas não para defender o mal, mas para ser instrumento nas mãos de Deus e proferir a glória celestial.

Somando nossas luzes

Por Zeca e Michele