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Ego e orgulho

Em suas danças intermináveis, esbarrou-se com grandes parceiros, de início não percebeu que iriam se eternizar e ter ao seu lado como companheiros, um infinito de possibilidades e alianças, mas os que se encontravam não eram tão convidativos, eram sim, para alguns, e se denominaram como Ego e Orgulho. Andam juntos pelas ruas, e chamam atenção dos peitos vazios, aparências tão bem cuidadas, que se esquecem que não há verdade, pois são revestidos de figurinos e máscaras, irmãos de criação, não tem laços muito significativos, mas quando cuidados com zelo, tornam-se como filhos, o Ego é mais velho, vem para aqueles que se admiram, assim como o pai destes, o famoso e sabido Narciso, o Orgulho é mais novo, mas também não perde muito, são as folhas das raízes passadas, o fruto que nasce por suas ações, quase como se ninguém o alcançasse, tão longe de toda realidade.

Muitas confusões, poucos entendimentos, constrói o mundo e perde seu intento, muitos se orgulham, mas nada fizeram, derrubaram os sorrisos e no lugar plantaram as mágoas, um poço raso de arrependimento, que logo mais a ilusão faz questão de secar, parados no tempo, contam a história que queriam alcançar. É difícil mostrar para aqueles que dançam esta valsa perdida, seus passos são ruínas, e seus compassos fora do tempo, diz gostar muito de si, mas detesta o silêncio, prefere um falso sorrir, do que chamar a solidão de solitude, e ainda se orgulha, do que diz que construiu, uma fábula cheia de furos, que logo, logo vai ruir. Ego e Orgulho, uma apresentação para encantar, mas depois que a carne cair, não haverá um canto que irá emocionar.

Por Luiza Campos