Na beira da estrada, observando o mundo girar, o tempo parece incansável, mas uma hora vai parar. Estava aqui pensando, na vida que um dia irá, uma estrenheza que aos poucos se dissipa, se conseguir enxergar, as leis dos céus são vivas, e tão certas que é preciso se purificar, estava pensando na grandiosidade em que estamos, nesta perfeita e linda sincronia, onde nada é sem um porquê, tecidos a mão pelos céus, desenhado pelo pincel do Criador, pela mão divina, pelo Eu Sou. Nada se cria do acaso, nada nasce sem uma mão, estamos todos neste ciclo, queira sim ou não, para aqueles que admiram é belo, colore, preenche e alimenta o coração, entretanto, para quem não o cumpre terá uma eternidade em puro breu, escuridão. Arco-íris firmou o casamento, e declarou selar a união, todos têm a luz, mas não cessam a tempestade, não calam as vozes, não voam com a vida, aprisionados por suas ilusões, fugazes tristezas que lhe trazem as ruínas. Estava pensando, mas pouco concluí, como tamanha grandiosidade corre por nós, mas se perde ao porvir? Não sei explicar, mas algo que ninguém pode negar, em tudo vemos a mão divina, e ela sempre está a nos guiar, mesmo quando abraça a lua e prefere ficar.

Por Luiza Campos