Confundiu-se
Pensando ser livre
Iludiu-se
Ao som do que lhe coíbe
Ganhou asas
Mas não sabia usá-las
Guardou-se em casa
E a eternidade não pôde habitá-la
Precisaria abrir -se
Escancarar sua porta
Para que o sol lhe invadisse
Tornando-lhe a mão que a consola
A liberdade é interna
E com ela podes voar
Aos cantos da terra eterna
E seu universo desbravar
Sedes livre ó alma
Só tu tens este poder
Do teu mero monte é que salta
A essência do renascer
Que corre por entre os campos
Que sobe ao mais alto lume
Que traz paz e recanto
E o brilho dos vaga-lumes
Ó alma liberte-se
O seu dia está próximo
Sejas arco, receba a flecha
E que o céu torne o seu alvo
Para que possa adentrar
No plano celestial
Quando brancura tornar
Seu coração divinal
Só assim serás desejada
Por tornares em alva e candura
E no céu será proclamada
Por atos de tamanha bravura
Ao condor se afeiçoará
E seus voos serão altíssimos
O horizonte não mais haverá
Cruzarás a linha do infinito
Por Patricia Campos