Uma terra para adubar
Uma semente para jogar
Um broto a florescer
No tempo certo virá reverdecer
Um solo fértil brota a vida
É lá que nasce a esperança
Cresce a centelha infinda
Que dá frutos da bonança
São regadas pelos céus
Como chuva torrencial
Vem para rasgar o véu
E eliminar o que é mortal
Mesmo no meio dos espinheiros
Se destaca a bela flor
Que se mostra por inteira
Mesmo trazendo contigo a dor
Porque a dor é passageira
E com o tempo se regenera
Levando toda tristeza
E tudo que não completa
O florescer se torna natural
Como na estação da primavera
Onde tudo se colore
Mostrando as paisagens mais belas
É assim que o broto desenvolve
Crescendo sem perceber
Até tirar todos os espinhos
Para que ela não venha sofrer
Tudo ao seu tempo certo
Sem atropelar o processo
Porque este se faz quieto
Só com a mão do sempiterno
Por Ítalo Reis