Os rabiscos em tela branca desenharam um passado frio, o inverno onde nada aquecia a alma. Não se ouviam os pássaros porque se migraram para bem longe dali. Rabiscos que se trançaram, trancando-a para o lado de fora. Hoje em dia não é necessário papel e caneta para contar a vida de alguém sem mesmo saber de fato porque ela deu tal passo, basta apenas uma tela e um gravador você já tenta desenhar a dor de alguém… A história que não se perde é aquela que te faz se encontrar, não deixando pontas, mas pronta, apenas uma linha reta onde no fim não tem fim. Para quê escrever sua história se não haveria para quem conta-la? Uma história triste, vivida intensamente, buscando uma reviravolta para que o fim da sua história não lhe faça chorar. Enquanto o mundo dá voltas você pode mudar sua história, traçar uma nova vivência, com coerência, e assim escrever novo enredo, com uma mudança por dentro, para quem sabe ser feliz…

Não há como escrever a história de alguém sem ter passado pelo que ela passou, pois não passará sentimento algum, porque cada passo dado é sentido dentro do coração e isso não consegue transpassar a ninguém porque não é uma história escrita e sim vivida, sentida na alma. Cada pessoa uma história, cada história uma vivência, cada vivência tem seus sentimentos, e cada sentimento é o que põe tudo a perder a não ser que se desligue do pó e se ligue ao que é eterno, os sentimentos que nos ligam ao espírito de Deus este sim nos trazem uma história verdadeiramente vivida, uma história eterna, sem fim de dias, com alegria sem demasia, uma história marcada pela sabedoria.

Por Patrícia Campos

Tema sugerido por Arthur