O campo não fertilizou-se, nenhum botão se pôs ao sol para que a luz o florescesse, o jardineiro da vida fez tudo que podia fazer para que o broto da sabedoria enfeitasse o seu jardim, mas as consciências se esconderam atrás das sombras tornando-se jardins sem flores. Uma terra seca e árida, no qual os galhos se entrelaçaram em seus pensamentos vazios e não há consciência sã que veja a mão criadora por trás de sua própria existência, tornaram-se como as folhas secas num dia tempestuoso onde a ventania do engano as esmagam até que tornem ao pó sem esperança de vida eterna. As águas do mundo afogaram as almas com os enganos que cada uma escolheu para si, e todos se confortaram em não serem funcionais ao Criador Deus, não cumprem com a única coisa que vieram fazer neste mundo. Ninguém se importa com o abismo que irão cair, seus sonhos ilusórios são contos de fábulas que nunca satisfazem o vazio da alma, murcharam de maneira que nem a água da vida as suscitam para a liberdade eterna, não regam a si mesmas com a palavra santa para que de uma vez por todas se voltem ao Senhor enquanto há tempo. As consciências ficaram na sombra ao invés de oferecerem sombra ao seu próximo, mas se conformaram com as mentiras, se encharcam de hipocrisia, nenhuma floresce para o novo, são como as plantas carnívoras que se alimentam de coisas mortas, cujo seu habitat são locais que apresentam solos podres, tornaram-se como brejo impuro onde nem as moscas sobrevivem. O que faltou para as consciências deixarem brotar de suas entranhas o botão que as ligam eternamente ao céu? O Senhor oferece todos os dias água viva para quem deseja florir para a vida e todas as consciências se voltaram contra Deus, estão sedentas, são verdadeiras mortas vivas e enquanto o mundo as sufocam, os seus campos tornam-se em verdadeiras ruínas.
Por Milena Gomes
Tema sugerido por Lucinha