Trago tantas coisas, mas várias preciso tira-las, arranca-las, pois são bagagens pesadas e que não fazem bem ao meu coração. São bagagens que fui carregando ao longo da minha vida, mas que hoje vejo que são pesadas demais para continuar carregando, bagagens que não passam na última fronteira e que não deixarão a minha consciência ultrapassar para a próxima fase da vida. Dia a dia vou me averiguando, meu coração aperta, mostrando que devo eliminar este fardo pesado que só faz mal a mim mesma, devo ser inteligente, compreender as coisas como são, não ter dó do inimigo e enfrentar todos os dias cada leão. Eu descobri a razão da vida, descobri o espírito santo de Deus em mim, vi que ele é o Eu eterno da minha consciência, o trago dentro do meu coração, ele é quem vem me mostrando o que devo fazer, o que faz mal ao meu coração, pois ele deseja habitar em minha alma, desprendida de tudo que é ilusão. Trago em meu coração conhecimentos advindos do céu, conhecimentos que me trazem a salvação e sei que depende inteiramente de mim para continuar com a vida dentro do meu coração.
O coração é representado pela consciência, e é esta que interessa a Deus, a consciência do Seu Espírito que Ele me assentou. Não posso ser negligente, devo morrer todo dia um pouco para a minha carne, até um dia não restar mais nada dessa existência que me produziu. A carne é apenas uma criação de Deus que produz a consciência, mas a consciência que interessa a Deus é a consciência do espírito, pois Deus é espírito e o seu habitat não é aqui neste plano material e para a consciência prosseguir com a vida, ela deve se desligar de tudo deste plano material e se ligar no espírito e no plano espiritual. É um propósito perfeito, montado a dedo por Deus, a consciência é que precisa raciocinar para enxergar toda esta grandeza que está dentro. E é isso que trago em meu coração, um propósito magnífico que deve ser realizado dentro da minha consciência, só assim verei novos céus e farei parte do corpo de Deus, quando esta carne morrer e a minha consciência voltar com o meu espírito ao plano celestial.
Por Kátia Campos
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