Quem é que te aprisiona? Quem abriga no peito o medo? Quem foi que criou os próprios obstáculos? São perguntas necessárias que cada um deve fazer a si mesmo, e questionar para poder de fato enxergar. O nosso maior vilão somos nós mesmos, pois nós que acarretamos danos que ferem a nossa própria integridade, e faz com que fiquemos presos a irrealidade que nós mesmos criamos. Estes são os fantasmas que cada um carrega no coração, o medo do desconhecido, a falta de identidade, tudo isto faz com que o vilão tome conta do que é de direito a Deus, por isso que deve ser expulso tudo isto de dentro do coração para poder seguir leve neste caminho, porque nada ultrapassará o outro plano, então por que levar consigo tudo aquilo que te derruba? A luta é contra nós mesmos e sabemos o ponto exato que pode nos ferir, a questão aqui é ter total domínio sobre todas as coisas, e colocar cada uma em seus respectivos lugares.
O enfrentamento acontece em todo o momento, e a consciência que se posiciona nesta batalha pode reverter toda situação a seu próprio favor ou também pode colocar tudo a perder pelo temor. Não se pode confundir o medo com o instinto de sobrevivência, há uma separação a fazer e isto é o papel da consciência. Segundo a psicologia o medo é uma resposta emocional que o corpo dá, uma ameaça real ou imaginária. É uma sensação de receio, insegurança ou ansiedade, mas como se trata de emoções e de imaginações, a consciência é quem sente e esboça no corpo as reações, isso não se aplica entre os animais irracionais, pois eles não produzem consciência e ao se depararem com o perigo, pelo extinto podem atacar ou correr. Mas no caso da consciência, se assim eu posso dizer, ela foi designada para resolver situações, o medo é uma das características da carne, assim como os outros sentimentos que aprisionam a consciência em um estado de decadência. A única saída da consciência dos tormentos que entrou, seria ela reconhecer e andar pelo espírito, pois qual consciência pelo espírito tem medo de alguma coisa? Muitos no passado enfrentaram até a morte pelo espírito, pois sabiam e acreditavam na causa que estavam lutando, não livraram seus corpos da morte, mas sim as suas consciências, que não sofreram nenhum dano, pois reverteram a situação e assim como hoje, isto está em nossas mãos, pois a consciência é que tem o poder da determinação, alimentar a coragem dentro de si mesma e pelo espírito derrotar o seu vilão.
Somando nossas luzes
Por Italo e Lauro