Primavera tocou o vasto oceano, o céu floresceu em pétalas estelares, a esperança de uma nova estação, um mundo tão carente de vida, com ela tão presente em cada canto, mas não nos olhos de quem chora, quando a garganta aperta e os olhos nublam, por isso não conseguem admirar a dança do céu em cima de suas almas, pois estão ocupados demais lamentando-se. Vastidão em azul marinho, cintilam pedras e diamantes, vivos como florescer de uma bela flor, campo universo, reflete sobre o espelho seu esplendor, para ver se alguém enxerga os rastros do Senhor.

Neste bailar de pétalas e estrelas quase tocamos as luzes, é só levantar um pouco as mãos, pois o céu não estaria tão longe do toque do coração, abrange e abriga toda imensidão, e seus mensageiros descem e sobem, trazem as mensagens de Israel, para alertar e alegrar enquanto a ordem ainda é rasgar o véu. Um bailar de vagalumes, cantarolando a direção, cada passo mais perto do que nos une, mais perto da imensidão, de si mesmo, de seu coração, palpita descompassado, chora pela liberdade, alcançar o inimaginável, enxergar cada traço da verdade, é sua força, sua vontade, enlaçar-se com as asas da divindade e poder voar, por entre os montes, ao lado da pura felicidade de poder ser quem é, livre, olhando para o céu estrelado, sem teto, sem limite, apenas livre, sem tempo, infinito, para viver e viver pela eternidade.

Por Luiza