A minha necessidade está em buscar pelo meu pão para me fortalecer e me deixar robusto dentro do caminho da vida, beber da água mais pura que desce da fonte, o qual jorra dentro de mim dia e noite a todo momento. Eu tenho a receita nas mãos e eu mesmo elaboro o meu alimento o qual provém do meu raciocínio, ele me satisfaz verdadeiramente do saber de Deus, a sabedoria me transpõe para outro lugar, muito longe destes olhos humanos, eu vou muito longe em meus pensamentos, ninguém tem o poder de me segurar, ninguém me proíbe de absolutamente nada, porque eu sou livre de tudo desse mundo, não me apego a ninguém, não tenho ninguém neste mundo, é somente eu e meu Senhor nesta estrada, ele não me deixa faltar nada neste deserto, mas a minha parte eu faço, eu que busco, que me inteiro para estar realizando o propósito de Deus. Eu tenho sede do saber, pois ele quem preenche todo o meu coração de todo o conhecimento que provém de Deus. Imagine só o que enxergo hoje, meus olhos foram abertos, e passo a contemplar toda a grandeza de Deus com perfeição, nada fica obscuro, pois através do entendimento enxergo claro como na luz do dia.

Jesus disse: trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para sempre, a qual o filho do Homem vos dará, e hoje eu tenho a ciência que esta comida eu mesmo elaboro para me manter forte na estrada da vida, pois já vejo que muitos estão sedentos da água, que é a palavra de Deus, e todos estão famintos esperando pelo pão da vida, o qual é o Espírito, todas as almas estão raquíticas, fracas, debilitadas, justamente por não buscarem na fonte certa, a qual é Deus. Tudo está ao alcance de todos, era somente se voltarem para dentro de si mesmos e raciocinarem, mas o grande impasse que vejo aí é que ninguém consegue formular um raciocínio, são atrofiados, escorados no próximo, ficam esperando o outro raciocinar para enxergar as coisas, mas assim que fruto dará dentro de si mesmo? Nenhum, será como folha seca que o vento leva, mas isto porque é influenciável, é o rabo dos outros, mas não pensa com a própria cabeça, se buscasse suprir a própria necessidade e forçasse o raciocínio enxergaria as mesmas coisas que vejo hoje, e isto não é privilégio meu, e muito menos de quem raciocina, todos podem ver claramente as mesmas coisas e andarem dentro do caminho da vida, pois é para todos, ninguém está excluso, mas o que acontece é que todos se colocam fora deste caminho, e qual poder temos de mudar isto? Não cabe a mim, nem a Deus, mas a própria consciência deve ter a necessidade dela, pois senão viverá de migalhas e nunca se fartará do seu próprio alimento.

Por Ítalo Reis