Roseiras sem cores
Cresceu no meio do pó
Raízes que não vê por si só
São profundos os nós
De uma roseira sem sol
Desenvolveu-se em meio aos espinhos
E os mesmos perfuram o coração
Na dor chora sobre o seu ninho
Lágrimas que rolam sem destino
As roseiras se alegram ao sentir o sol
Se aquecem, mas logo o deixa só
Não acendem em si a fagulha da vida
E seguem seus caminhos por becos sem saída
Seus galhos espalharam-se
Dando rosas sem cores
Tristes estão as flores
Pois não veem em suas pétalas
O colorido do amor
Roseiras sem cores
Consciências sem a vida
Seu lar é um grande mar morto
Sem as águas doces e vivas
Por Maria Lúcia