Conteúdo do Post

Serenidade no olhar

Os olhos são considerados as janelas da alma, pois através do olhar analisamos o estado que uma consciência se encontra e muitos são os olhares. Olhares de preocupação, de medo, de satisfação ou insatisfação, de ódio ou de amor, de cansaço, de tormentos, de alegria ou tristeza, olhares perdidos no infinito, olhares desconfiados, mal intencionados, mas tem também olhares que passam confiança e olhares inocentes e puros como das crianças. Um olhar sereno, seria de uma consciência que está em paz, que tem domínio próprio, que nada a perturba ou atormenta e é muito raro encontrar um olhar assim, pois para a consciência estar neste estado, ela deve estar de fato nas mãos de Deus, ligada ao espírito e nele ter plena confiança, e eu sinto dentro de mim que o olhar de Jesus era assim, mesmo quando estava passando pelo gólgota, pois era um momento de aflição que antecedia sua morte, pois o povo o xingava, cuspia, colocaram uma coroa de espinho, ele estava com sede e deram vinagre e mesmo diante a tanta crueldade e injustiça, ele não abriu sua boca e ainda pediu para Deus não imputar o pecado daqueles, pois ele sabia que eles agiam assim por não conhecerem a Deus e nem compreenderem o que Jesus tentava mostrar e também não entendiam que Jesus falava pelo espírito e defendia o propósito do Pai. Então com certeza seu olhar era sereno e ao mesmo tempo destemido, um olhar de puro amor a Deus e ao próximo, pois ele sabia que tinha que passar por este caminho para sua alma entrar no reino de Deus.

Ele foi um grande exemplo, que até hoje nos ensina muito com sua conduta, pois ele se tornou um ser genuinamente espiritual e essa é a vontade de Deus perante todas as consciências, ou seja, toda consciência deve se tornar espiritual e agir naturalmente pelos sentimentos do espírito e todos os frutos devem ser espirituais e alguns dos frutos do espírito são: o domínio próprio, a paz, a temperança, o amor e coisas semelhantes a estas, pois são frutos advindos da árvore da vida, do espírito de Deus, e são muitos os ramos de sentimentos bons que exalam pela consciência naturalmente o bom e suave cheiro de Cristo, pois é próprio do ser de Deus. Não adianta forçar ou forjar ser o que não é, pois conforme a raiz da consciência, ela refletirá o que ela é realmente e depende exclusivamente da consciência buscar se identificar com o espírito e ter sua verdadeira transformação de ser, mudança da água para o vinho, mudança de visão, de comportamento, de postura e de sentimento, por isso na época de Jesus até o mataram, pois não compreenderam sua forma de agir, e até hoje ainda não entenderam que ele serviu de exemplo, representou o espírito santo e que assim como ele fez, cada consciência deve fazer também, pois deve se tornar um Cristo de Deus, um filho legítimo da vontade de Deus.

Por Michele Mi

Tema sugerido por Jeane