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Simplicidade singela

É filha da pureza, é irmã da prudência, é amiga da irmandade, é laço entrelaçado nos braços da sabedoria, mãos dadas com a altivez da vitalidade da alma, onde a serenidade é o brio do sorriso casto, do batucar elevado que harmoniza o caminho das flores, das pedras, da ponte, da escada do céu, é criança grande, mas abraça igual os anjos, os olhos são estrelas incandescentes que atravessam o seu além, o imaginário, o invisível, ultrapassa o amor, as fronteiras, a obscuridade, os oceanos e os mares, pois é descendente do eterno. Ela está onde o vento paira suave, onde és a leveza do beija-flor e que se apresenta no nascer da manhã pelo canto afinado do bem-te-vi, que flutua sobre as vestes das ondas e se mostra no voo rasante das andorinhas, pois não tem face, mas é belo aos olhos de quem a vê, não tem braços, mas abraça com perfeição, não tem boca, mas fala com maestria, não tem asas, mas voa nos corações dos divinos sábios, não tem ouvidos, mas se achega de mansinho e adentra a alma que conclama sua visita e o prazer que causa ao coração lhe faz ficar e fazer estadia nessa imensidão.

A simplicidade é bem vinda e faz morada em tudo que tem o toque divino do Criador, pois Ele da sabedoria é Mestre e professor. A simplicidade não se achega aos corações arrogantes que se acham sábios aos seus próprios olhos e não se abrem a amiga sabedoria. A simplicidade é singela, pois não precisa de adornos ou enfeites, por si só ela é bela, é a própria essência de sua natureza. Ela nos deixa a vontade, não força nem oprime o coração, não induz a nenhuma aparência e na face triste ela faz brotar o meigo sorriso. A simplicidade chega com sua naturalidade e vai nos conquistando, muitas vezes ela abre portas que há muito tempo estava fechada e aos poucos vai libertando o coração, pois nem tudo é tão complicado que não possa se resolver e a chave para tudo é a compreensão que junto a simplicidade vai invadindo nossa imensidão.

Somando nossas luzes

Por Maria Lúcia e Michele